quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

O Grande Homem

O Grande Homem





Sempre que passava na A28 na zona da Póvoa, deparava-me com um monumento que me surgia por uma das laterais. Uma majestosa escadaria com uma iluminação que me despertava.



Certo dia, perdido pela área, deparei-me muito mais perto do monumento em questão.
Parei, saí do carro e observei muito curioso, Não resisti, inverti a marcha e comecei a subir.
Uma avenida que me deixou deveras curioso, com belas árvores cujos troncos eram envolvidos por rosas de várias cores, ao fundo uma igreja muito bonita com dois coretos, duas capelas, ou seja, uma construção muito simétrica. Mas reparei que o meu objectivo não era a referida igreja, mas sim a longa escadaria que vislumbrava quando passava pela A28.
Um pouco a medo, contornei a rua e subi, não sei até onde mas queria saber cada vez mais, estava muito curioso.

A meio do percurso perdi-me e fui dar a uns campos. Assustadíssimo, retornei mas não desisti. Continuei a subida sem saber o que me esperava.

Avisto uma estalagem interessante, com bastante movimento e continuei. No topo deparo-me com uns fabulosos moinhos e uma soberba paisagem. Estava escuro… mas tal não me impediu de visionar o espaço que me rodeava. Era lindo!



Perdi algum tempo a digerir o que via. Achava que não era isso que procurava. Dei meia volta na tentativa de encontrar o que desejava, o que não demorou muito tempo, pois avistei um monumento algo raro.





Parei, nada me fez demover dos meus propósitos, apesar da hora tardia e do receio de estar só e num local completamente desconhecido. Se o que tinha visto me fez parar e me despertou, o que estava a ver ofuscou-me na totalidade. Era algo de imponente.

Sem saber qual a história ou o seu verdadeiro significado, estava extasiado a digerir tudo o que via… Toda a obra. Numa magnífica plataforma, dei de caras com uma paisagem onde o olhar perde a noção do que abrange.


Apesar do avançado da hora nada me demovia dos meus intentos, e estava longe de saber que até esse momento… eu nada sabia.

Na mesma plataforma um monumento. Parecia uma família a subir uma enorme subida. Pai, mãe com um filho no seu regaço, logo seguida de mais três filhos.



Era algo interessante e com pormenores que me faziam ficar de boca entreaberta, pois tudo era perfeito, desde os sapatos, os botões da camisa aos furos do próprio cinto das calças, até a mala de cartão com os cantos em metal… cheguei a colocar a minha mão e sentir o aveludado da zona das pernas, e era tudo em metal (bronze). Estava maravilhado e ao mesmo tempo sem saber onde estava e o porquê de algo assim tão perfeito.

A minha curiosidade aumentava a olhos vistos. Olhava todos os pormenores e quanto mais olhava mais via. Era algo fantástico e interrogava-me… quem? Porquê?

Vejo então uma placa na parte frontal do Monumento que diz “ Monumento ao Emigrante, Inaugurado em 5/9/1998, obra Idealizada e Realizada por Dr. Manuel Moreira Giesteira “. Por certo não estava a entender muito bem o porquê de um único nome, e numa data tão recente. Reparei que duas escadarias me levavam para a parte inferior. Desço por uma delas e deparo-me, à medida que desço, com algo de novo. Parecia um castiçal a segurar toda aquela estrutura.






Já na parte inferior vejo dois grandes painéis de bronze colocados na parede e estes com muitas coisas escritas. Chego mais perto e começo a ler pois estava com fome de informação.

Logo que começo a ler apercebo-me do grande feito e a minha boca mais se abriu pois nestas placas dizia:

“Neste Local Com a Aprovação da Confraria de S. Félix, foi Erigido este Monumento em homenagem aos imigrantes representadas pelas figuras de meus pais, aqui colocadas. “

Fiquei assim parado a olhar e a reler, várias vezes, e a falar comigo mesmo… “Um único homem a levantar tudo isto???”





Li e reli as referidas placas e fiquei com a certeza que o mentor da grande obra era o Dr. Manuel Giesteira, isto ainda me fez ficar mais apreensivo.

Na saída e em frente ao pé do monumento, vejo a enorme escadaria com sete patamares e um correr de jardins, em cada lateral, muito bem cuidados. Estava fascinado.




A minha curiosidade estava só no início, pois desde daí tentei saber o mais possível numa tentativa de falar com o referido Dr. Manuel e do Brasil, me foi dito que este teria muito prazer em falar comigo mas de momento estava em recuperação de uma intervenção cirúrgica. Passado algum tempo numa nova visita ao local notei algo de errado, uma bandeira a meia haste na igreja de Amorim e nos pés do monumento um ramo de flores sem mais nada. Tentei perceber o que se passara e recebi a noticia que mais receava “O falecimento do Dr. Manuel Giesteira”

Foi algo que me perturbou bastante pois é uma pessoa que, sem o ser, me é muito familiar.

Fiquei chocado por saber e constatar que no local nada foi feito. Apesar do autor da obra ter levantado quatro mastros em nenhum deles existia alguma bandeira ou um outro tipo de sinal de gratidão ou de pesar pela perda, por parte da junta de freguesia ou pela igreja de S. Félix … Pois obras destas não se ganham todos os dias.

É lastimável.

Tentei reter as informações e obter as que me faltavam… Já chamava ao local “O Meu Monte”.

Faço deste local o meu refúgio, e apesar de ser do Porto, desloco-me ao Monte São Félix, na Freguesia de Laundos, Concelho da Póvoa de Varzim, com bastante frequência.  


O Monumento



Há muito tempo que o Dr. Manuel Moreira Giesteira sonhava construir nesta cidade da Póvoa de Varzim, uma obra que fosse uma homenagem aos seus pais e a todos aqueles que desta terra saíram pelos mais variados motivos, em busca de uma vida mais digna para si e para o seus familiares; aqueles que tiveram necessidade de emigrar, com todas as dificuldades e lutas que enfrentaram logo nos primeiros momentos da saída, mares bravios e agitados, caminhos e atalhos desconhecidos e cheios de perigo, noites mal dormidas e, às vezes, ao relento, tendo como cobertor as estrelas do céu.
Localizado no alto do Monte São Felix, na Freguesia de Laundos, Concelho da Póvoa de Varzim, em Portugal.
O monumento, erguido com 100 toneladas de granito e 1.200 quilos de bronze, tem 328 degraus para o seu acesso, 7 patamares contendo 2 capelas por patamar, representando a via sacra e 15 no seu total, tem 2 jardins laterais ao longo de todo o percurso com várias formas entre elas as bandeiras de Portugal e do Brasil e no seu alto, uma plataforma que suporta as estátuas ”Monumento ao Emigrante”, representados pelas figuras de seus pais a quando a partida para o Brasil, as estátuas, de tamanho natural, cujos rostos reproduzem fielmente os integrantes da família à época, foram fundidas pela Fundiart, Piracicaba, Brasil e levam a assinatura do artista plástico Aucione Torres D' Agostini.
A obra custou um total de 200 mil contos [1 milhão de euros] e demorou cerca de dois anos para a construir, “mas tudo vale a pena quando se trata de concretizar um sonho de uma vida de sacrifício e trabalho, como é a de todo o emigrante”, lembrou o Dr Giesteira realizador do Monumento no dia da inauguração, 5 de Setembro de 1998, na presença de convidados como o Secretário de Estado das Comunidades, José Lello, o Arcebispo Primaz de Braga, D. Eurico Dias Nogueira, ou o representante da Comunidade Brasileira, António Haddad.
Estiveram no local cerca de 20 000 pessoas a participarem do evento.
A convite do Dr. Giesteira esteve presente a cantora Dulce Pontes, com a sua voz cristalina, que durante hora e meia trouxe aos presentes, várias jóias da canção portuguesa, emocionando todas as pessoas.
Com bastante entusiasmo dos presentes, a festa teve muito sentido. Encerrou-se a noite comemorativa com espectacular queima de fogos de artifício ao som de músicas clássicas.


O Escultor



A escultura do “Monumento ao Emigrante” demorou cerca de um ano a ser construída.
O seu autor é Aucione Torres D' Agostini, artista plástico, escultor, pintor e professor de 65 anos, natural de Garça, estado de S. Paulo – Brasil.
Professor de artes, trabalha em artes plásticas desde os 12 anos de idade. Doutorado em Artes pela Universidade de S. Paulo, gosta de artes gráficas, é escultor, pintor, desenhista, caricaturista e tem uma escola de artes em Bauru.
Explica o artista brasileiro que:
“O Dr. Giesteira alugou dois contentores, as peças foram devidamente embaladas e vieram normalmente. Chegaram em Outubro de 1997 e ficaram à minha espera até hoje (27 de Agosto de 1998) para eu assistir à montagem das estátuas no Monumento. (…)
As esculturas, dois adultos e três crianças, traduzem a partida de uma família. E eu procurei flagrar uma família cujo chefe sai num momento de ousadia total, ou tudo ou nada, então ele joga tudo num só acto – levar os filhos e a esposa para um continente que ele desconhece, rompendo os laços daqui: deixou amigos, a terrinha que ele bem conhecia e foi tentar a sorte noutro continente. Eu tentei captar as fisionomias, ele lidera a fila, para a entrada de um navio, com a fisionomia tensa, a mãe, logo atrás, com um filho ao colo, dá a mão ao miúdo que vacila e logo a seguir o mais velho que seria o Dr. Giesteira e atrás, cerrando a fila, vem o do meio, arcado com um saquinho às costas, sendo a curva do corpo que fecha o ângulo do volume das massas das figuras que estão subindo (…).
Tive que criar uma realidade paralela porque eu não dispunha, nem o próprio Dr. Giesteira, de fotos que documentassem as roupas de época, então seria uma roupa simples como ele mesmo disse, eram pobres. Eu procurei criar uma textura de um tecido pesado, feito quase artesanalmente e simplifiquei ao máximo porque o que me importava ali era dar ênfase à expressão dos rostos, dos movimentos dos corpos”.

O Mestre Aucione faleceu com 74 anos na madrugada de 3 de Março de 2007.



O Autor



O Dr. Manuel Moreira Giesteira, nasceu em 8 de Outubro de 1944 na Freguesia da Aguçadoura, Concelho da Póvoa de Varzim.
Filho de José Martins Giesteira e Luzia Gomes Moreira.
Casou com Palmira Júlia Gutierres Giesteira, com quem teve dois filhos. Em 1971 nasceu Flávio Gutierres Giesteira e em 1974 nasceu Marcílio Gutierres Giesteira. Mais tarde casou com Patrícia Pires Martins Giesteira, com quem viveu até ao fim dos seus dias.

Fez escola primária na Aguçadoura e em 1955, apenas com 11 anos, emigrou para o Brasil juntamente com sua família (pai, mãe e 3 irmãos) e foram residir na cidade de São Paulo, onde o seu pai fazia limpeza numa agência bancária.
Quando chegou ao Brasil, foi estudar para o Seminário dos Padres Salesianos saindo aos 14 anos.
Em 1959 ingressou como " mensageiro; auxiliar de escritório" no extinto Banco Português do Brasil.
Aos 17 anos prestou exame para a entrada na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo no curso de Direito, tendo-se formado com 22 anos.
Aos 20 anos passou a Gerente Geral de Operações do Banco Português do Brasil.
Aos 24 anos foi nomeado Advogado Chefe do referido Banco.
Aos 24 anos prestou Provas e Concurso de Títulos, perante o Ministério da Educação e foi aprovado como Professor Titular da disciplina de Direito Tributário na Faculdade de Economia e Gestão de Empresas e Professor Titular de Direito Comercial da Faculdade de Direito, ambas as Faculdades integram a Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP).
Aos 25 anos pediu demissão do Banco Português do Brasil e montou escritório próprio de advocacia, tendo exercido a profissão de Advogado e Professor até aos 52 anos.
Foi advogado e consultor jurídico, na área tributária e comercial de várias empresas brasileiras.
Ingressou na actividade empresarial, possuindo empresas de participações e empreendimentos (alimentos super-gelados, hotelaria, etc...).
É accionista de vários bancos e empresas industriais brasileiras.


Acções Beneméritas




O Dr. Manuel Giesteira, patrocinou a criação do site www.paramiloidose.org, para divulgação da doença paramiloidose, pouco conhecida.
A “Doença dos pezinhos” é uma doença genética característica da região da Póvoa do Varzim.
Com este feito é possível um contacto directo para a sua divulgação e informação no mundo.


Em 5 de Setembro de 1998 inaugura a construção de um sonho antigo, o Monumento ao Emigrante localizado no alto do Monte São Félix, na Freguesia de Laúndos, Povoa de Varzim. Para além de custear toda a obra, garantiu a sua manutenção.
O seu conjunto escultório representa a partida da família Giesteira para o Brasil em 1954.


Em 5 de Setembro de 1998 inaugura o restauro interior e exterior da Igreja paroquial de Amorim. Obra suportada integralmente pelo próprio.


Em 13 de Abril de 2002, na paróquia de Amorim, na Póvoa de Varzim, em conjunto com o Pároco Guilherme Guimarães, formam um projecto cultural único na igreja em Portugal.
Um conjunto de coros, entre os quais de câmara, cujas despesas com a sua formação musical foram integralmente por si suportadas.




E membro e participa financeiramente na Associação de Assistência à Criança Defeituosa e na Associação de Pais de Amigos dos Excepcionais de Lagoa Vermelha do Rio Grande do Sul.




Em 2003 são inaugurados os jardins completamente remodelados da igreja de Amorim.
Já anteriormente a Igreja tinha sido toda restaurada pelo mesmo benemérito que pagou na íntegra as despesas relativas a ambos os projectos. Quer a remodelação da Igreja quer a reconstrução dos jardins estiveram a cargo da arquitecta paisagista Naya Adam.


Em Fevereiro de 2004, procedendo à entrega de 100 cestas básicas numa comunidade bastante carenciada de Guarulhos, Brasil, chegou à conclusão que o donativo seria insuficiente para fazer face às necessidades existentes. Sem que ninguém soubesse, sem alarido como era seu apanágio, resolveu fazer grandes reformas na Pastoral.
Fundou assim o Instituto Manuel Moreira Giesteira de Promoção Humanitária, que será o principal herdeiro do seu património. Uma entidade sem fins lucrativos para beneficiar a comunidade carente do Cabuço, uma das maiores favelas de S. Paulo, dando apoio a mais de 400 crianças. Terminada a construção do Instituto, este acolherá diariamente 1500 crianças, desde alimentação, cuidados médicos, ensino, desporto, formação dos pais, tudo será conjugado numa educação integral e na promoção humana de quantos vivem naquela favela.


Em Novembro de 2007 o jornal Valor Económico do Brasil dá-lhe honras de primeira página
“O advogado surpreende pelo uso do dinheiro”.


Em Agosto de 2008 o Dr. Manuel Moreira Giesteira, fica gravemente doente, acabando por falecer a 7 de Julho de 2009.
Em14 Julho de 2009, 3ª feira foi feita uma bonita homenagem pela população de Amorim, que compareceu em grande número à missa de 7º dia. A cerimónia foi presidida pelo pároco de Amorim, Guilherme Peixoto.


Este Blog encontra-se em permanente actualização

Nota:
O autor reserva todos os direitos sobre o texto e as imagens publicados neste blog .

27 comentários:

Cacau disse...

bela homenagem

"Apenas é igual a outro quem prova sê-lo e apenas é digno da liberdade quem a sabe conquistar".
Charles Baudelaire


"É preciso estar sempre embriagado. Para não sentirem o fardo incrível do tempo, que verga e inclina para a terra, é preciso que se embriaguem sem descanso. Com quê? Com vinho, poesia, ou virtude, a escolher. Mas embriaguem-se"
Charles Baudelaire

Anónimo disse...

Excelente ideia a de homenagear alguém com um coração tão grande. Belo texto, belas imagens.

Anónimo disse...

Um monumento muito bonito num monte de rara beleza. Sem dúvida uma paisagem inspiradora. Uma homenagem merecida. Parabéns.

Anónimo disse...

"Possuimos em nós mesmos pelo pensamento e a vontade, um poder de acção que se estende muito para além dos limites da nossa esfera corpórea"
Allan Kardec

Foi o que aconteceu com este teu trabalho. Magnífico
Pelo conhecimento e beleza paisagística.
Bem-hajas, por no-lo dar a conhecer.

Anónimo disse...

Ao ver este casualmente este blog, fiquei com bastante interesse nesta obra,tanto que e apesar da distancia, resolvi fazer uma visita ao local.
É de facto como conta uma obra magnifica e dei por bem gasto o meu tempo.
É de louvar a sua atitude, e a forma como o descreve pois tanto na pesquisa como na narração tem um trabalho digno do grande homem mentor desta obra.
Os meus parabéns

José Feliciano

Maria do Carmo disse...

Francisco...
Realmente é de salientar além de tudo o quanto é importante este "Monte" para ti. Um lugar encantador, diria mesmo quase paradisíaco ...lindo que gostei e tive muito prazer de revê-lo com a tua extraordinária capacidade com que o retrataste.
Justa e merecida homenagem que fizeste...
Foi um trabalho exaustivo, mas penso que valeu a pena...Tudo vale a pena quando a alma nâo é pequena" como diz o poeta.
As imagens estão magníficas e o vídeo está espectacular...
Tambem tenho a dizer que o teu blog foi lido por mim e pelo Rui que tambem achou que estava um trabalho muito bem conseguido.
Por isso enviamos-te os nossos sinceros parabens.
Um abraço do Rui e dos ninos...
E de mim com carinho...

Carminha

Anónimo disse...

desconhecia por completo este local e o que vi e li,provocou em mim a necessidade de uma visita .Belas fotos noturnas.domingos

Alice Santos disse...

É, sem dúvida, um trabalho de louvar. Demonstra, além do apreço pelo local e pela obra, a admiração e consideração pelo homem generoso que foi Manuel Moreira Giesteira. Parabéns pelo rigor da informação e, sobretudo, pela emoção com que descreve o local.

Francisco Pinto disse...

Perguntaram-me se eu sabia o que tinha acontecido à esfera que se encontrava no topo do monumento, pois esta tinha desaparecido.

Eu respondi que a esfera armilar, com o temporal de Janeiro, havia caído e por sorte foi recuperada pelo novo presidente da junta de Laundos, que a mandou restaurar e logo que possível a vai mandar colocar no seu devido lugar.

Francisco

Anónimo disse...

Me
fascina a expressão da alma que não é pequena.
Mostra-se nua e generosa a alma de um Homem que, movido, sobretudo,
pelo Amor aos seus pais,faz uma indizível homenagem que se estende a
todos aqueles em que,em situações semelhantes, deixaram o abraço de sua
terra natal.
A construção é belíssima...enfeita como a flor mais rara, um pedacinho
de Portugal. E, como a flor mais rara, se oferece a todos que trazem
dentro de sí a nobreza deste sentimento que moveu o Sr. Dr. Manuel
Giesteira a costruir sua própria alma e história em belas formas
arquitetônicas formadas por granito e bronze. Talvez em uma tentativa
de eternizar a saudade que percorre o sangue de todo o emigrante.
Em meu humilde desejo de, de algum modo, mostrar minha gratidão,espero
poder, um dia , lá, pousar uma rosa branca.
Obrigada Sr. Francisco pelo que me fez sentir.
Parabéns
Uma filha de emigrantes,
Lucia Xavier

Unknown disse...

Boa noite

Fiquei admirado com o seu blog, uma grande homenagem a um grande homem.

Tive o prazer de trabalhar muito tempo lado a lado com o Dr Manuel e hoje administro o Instituto Manuel Giesteira, de Promoção Humana.

Não sei se tem acesso ao orkut, mas em quanto não ha site do instituto, estamos mantendo as informaçoes la.

Segue o perfil

http://www.orkut.com.br/Main#Profile?rl=mp&uid=2269718162463618538

Um grande abraço

Unknown disse...

Conviví por um lapso de tempo, que para mim foi muito pequeno.Aprendi a admiralo e respeitalo, grande amigo, caridoso, que tudo fez no anonimato, o que é sábio! As homenagens que lhe façam, nunca serão suficientes para responder ao seu altruismo e à sua generosidade e seu amor ao proximo. Saudades, sempre do amigo Flavio.

Unknown disse...

Foi com imenso agrado e alegria que encontrei esta linda homenagem a um GRANDE HOMEM.UM HOMEM COM UM CORAÇAO ENORME,BOM AMIGO ,BOM CONSELHEIRO QUE AMAVA A TERRA ONDE NASCEU E NUNCA ESQUECEU AS SUAS ORIGENS.ESTARAS PARA SEMPRE NO MEU CORAÇAO!!!

Anónimo disse...

Parabens !
Linda homenagem,eu tive o prazer de trabalhar para o Dr Manuel Giesteira e ele é digno de receber esta homenagem .

PATRICIA P.M.GIESTEIRA disse...

Fiquei surpresa e muito emocionada ao ler seu blog. O blog de alguém que não conheceu Manuel, mas que soube reconhecer o homem e as suas obras.
Ele era meu marido, e me orgulho muito disto.
Parabens belo excelente trabalho,linda homenagem, realmente tocante...Espero um dia conhecê-lo ,para agradecer pessoalmente.
PATRICIA PIRES MARTINS GIESTEIRA

Francisco Pinto disse...

Olá Senhora D. Patrícia Giesteira...
O trabalho editado neste blog, é fruto de uma longa pesquisa e da vontade de ter conhecido o Dr Manuel, e que quase conheci.
Relata uma história por mim vivida e por mim transparecida, mas que diz muito pouco do muito que por certo haveria a dizer sobre o grande homem que habita nos nossos corações.
É bom sentir que as pessoas mais ligadas, e todos os que comentam este blog , (o que desde já agradeço) gostam e aprovam o seu conteúdo, o que me leva a ter a certeza que o meu trabalho não foi em vão e que é muito bom dar honras a quem de direito.
E tal como dizia o Dr. Manuel Giesteira citando Fernando Pessoa:
"Tudo Vale a Pena Quando a Alma Não é Pequena".

Obrigado Drª. Patrícia Giesteira

Com carinho
Francisco

Anónimo disse...

Bela homenagem. Tive o prazer de conhecer o monumento com o Dr Manuel, momento marcante!

Anónimo disse...

Adorei este Blog. Passei para visitar e gostei imenso desta Homenagem. Abraço amigo

Unknown disse...

Olá Francisco,
Achei esse blog na internet e achei muito bonita sua homenagem. Achei muito interessante você ter ido atrás das raízes de um lugar que te encantou e escolheu como seu refúgio.
Achei muito legal você ter criado esse blog para contar a história do monumento. Confesso que sobre isso eu não sei o bastante, mas admiro a obra de Manuel e gostaria de ter a oportunidade de conhece-la. Mas no que se refera a família dele, parte dela eu conheci bem, pois sou prima dos filhos dele.
Parabéns pelo seu Blog e pela homenagem a vida do Manuel.
P.S- Se voce tiver algum outro site com fotos do monumento gostaria de ver mais. O seu blog me deixou com mais vontade ainda de conhecer o lugar!
Amanda R. Gutierres

Anónimo disse...

eu tive a honrra de tralhar com o dr manoel giesteira um homem de perfiu solido de um coracao de ouro,foi no escritorio da av.paulista ate hoje tenho como espelho de carater e trabalho,bela homenagem.

Gislaine disse...

Francisco, parabéns pelo belo trabalho! Foi uma bela homenagem a um homem digno, de caráter irretocável. Sou brasileira, da cidade de Bauru, onde morava o escultor da obra, prof. Aucione Torres de Agostinho (já falecido) e fico muito orgulhosa de ver uma obra tão linda e tão simbólica sair daqui, da minha cidade. Conheci pessoalmente o prof. Aucione, um artista muito talentoso. Quero deixar registrado que os dois ultimos garotos que aparecem no monumento são os filhos de uma amiga que posaram para o artista retratar de modo mais fiel a família homenageada. Mais uma vez parabéns! Se tiver oportunidade, irei pessoalmente fotografar o monumento!

Anónimo disse...

Que bela história. É uma homenagem linda e merecida pelo que li. As fotos são belíssimas. O senhor está de parabéns por ter dado a divulgar esta obra fabulosa.

Anónimo disse...

Hoje dei de caras com este blog ao pesquisar sobre este local que tive o prazer de conhecer este verão para escrever algo sobre ele. Adorei ler. Já não irei escrever nada. Está soberbo. Desconhecia a história. Ainda bem que alguém o descreve de forma tão apaixonada. Quase parece uma história de vida. Parabéns pela homenagem. Um dia voltarei lá. Obrigada pela partilha generosa.

Anónimo disse...

Que mais há para dizer? O trabalho está fabuloso, feito com paixão que transparece nas tuas palavras.
Obrigada por meteres dado a conhecer este local, que vou conhecer melhor ainda.
As imagens estão maravilhosas e com o toque que só tu sabes por no que fazes com amor.
Parabéns! Milai

Anónimo disse...

Que belo trabalho. Maravilhosa homenagem. Quem sabe um dia irei conhecer. Quando for ao norte, irei visitar, isso é certo. Talvez entre em contacto consigo e peça ajuda. Será que posso? Pelos comentários, parece que sim. Espero que sim. Lhe direi algo quando aí for. Muito obrigada pela partilha de tão maravilhoso blog.Beijinho

Mais Portugal disse...

Passamos três dias neste local espetacular e ficamos encantados com esta obra, e emocionados,porquê nós com nossas filhas há oito anos atrás fizemos o caminho inverso desta família aí homenageada, assim como meu sogro que em 1919 também deixou Portugal,constituiu família e nunca mais para cá voltou.As frases escritas no monumento tocou-nos muito.
Temos imensas fotos em vários ângulos e do por do sol,momentos mágicos!
A pesquisa narrada no seu blog é de imenso valor ! parabéns!
Sueli C.B.Silva

Anónimo disse...

Excelente trabalho!
Uma belíssima homenagem ao grande homem Dr Manuel Giesteira que muito fez sem pedir nada em troca,um coração enorme,generoso e nobre! Bem-haja Dr Manuel Giesteira,com gratidão e emoção de todos!Adorei este blog que encontrei por acaso,muito obrigada Francisco por partilhar.Saudações
Maria de Fátima